
Operação militar teria sido executada sem o conhecimento de Trump, enfraquecendo as suas promessas de obter uma rápida solução para pôr fim à guerra.
As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia foram retomadas nesta segunda-feira (2) em Istambul, ofuscadas pelo audacioso ataque em larga escala de drones ucranianos contra quatro bases estratégicas russas, que destruiu 41 bombardeiros com capacidade nuclear.
Batizada de “Teia de Aranha”, a operação militar foi cuidadosamente planejada durante um ano e meio e conseguiu humilhar, num golpe surpreendente, o país invasor.
Diante disso, torna-se ainda menos provável que esta segunda rodada de conversas diretas entre Rússia e Ucrânia produza algo construtivo na direção de um acordo que ponha fim à guerra de três anos, como almeja o presidente norte-americano, Donald Trump.
Putin enviou para Istambul o assessor e ex-ministro da Cultura Vladimir Medinsky, que atuou nas fracassadas negociações de 2022 e na primeira rodada de Istambul. Nas palavras do cético presidente ucraniano, que mandou seu ministro da Defesa, Rustem Umerov, a delegação russa é de segundo escalão.
Embalado pela eficácia do ataque, executado a cinco mil quilômetros do alvo, Zelensky reforçou em três pilares as condições para uma proposta de paz: cessar-fogo total, sob a monitoração dos EUA, a libertação de todos os prisioneiros e retorno das crianças ucranianas retiradas à força do país.
Fonte: G1

Foto: REUTERS-Alina Smutko – File Photo – Maxim Shemetov