MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA CASO TUCANARÉ

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Prefeito Marcão do Haras

Uma denúncia envolvendo a garagem da prefeitura municipal de Fartura, voltou à tona depois de ser arquivada pela Câmara de Vereadores. Trata-se da empresa Tucanaré, que segundo a denúncia, realizou serviços de consertos de maquinários e caminhões na garagem da prefeitura sem o devido processo legal.

O promotor de justiça, Dr. Francisco Antonio Nieri Mattosinho instaurou procedimento para apurar a denúncia e na sexta-feira, dia 4 de julho, notificou a prefeitura de Fartura, solicitando diversas informações e documentos no prazo de 10 dias.

Segundo a denúncia, a empresa Tucanaré atuou nas dependências da garagem municipal de janeiro a março de 2025 consertando veículos da prefeitura, acumulando um valor aproximado de quase R$ 2 milhões sem a formalização de contrato. Ainda aponta que o prefeito Marcão do Haras teria pleno conhecimento, inclusive acompanhava presencialmente a execução dos serviços. A conduta, pode configurar em tese, ato de improbidade administrativa e possível infração político-administrativa. Além do prefeito, o vereador Luiz Timburi, conforme a denúncia, também teria sido beneficiado com o suposto esquema.

O vereador Luiz Timburi

O MP também quer esclarecer suposta fraude e conluio, visto que, conforme o denunciante, os sócios da empresa Auto Giro Mecânica, Marcus Frank e Coruja teriam emitidos orçamentos fraudulentos para dar aparência de legalidade à atuação da Tucanaré. O promotor também quer saber sobre as imagens das câmeras da garagem, pois há informação de que os arquivos teriam sido deletados por Eduardo como forma de destruir provas.

O promotor solicitou da prefeitura de Fartura, cópia integral do procedimento administrativo e/ou contrato (se houver) referente à contratação da empresa Tucanaré ou quaisquer empresas que prestaram serviços mecânico à frota municipal entre janeiro e março de 2025; Relação das ordens de serviço e notas fiscais emitidas nesse período; Cópia das imagens das câmeras de segurança da garagem municipal no período de 01/01 a 30/03/25, bem como identificação do servidor responsável por seu controle e eventual exclusão de arquivos. O MP também pediu à Câmara municipal cópia integral do pedido 92/25 e de outros documentos relativos à fiscalização das atividades da Tucanaré.

Desde segunda-feira, nossa reportagem vem tentando falar com o prefeito Marcão, porém, sem sucesso. Na terça-feira de manhã, estivemos na prefeitura para ouvir a versão do prefeito, entretanto, fomos informados que ele estava ocupado. O chefe de gabinete, Vitor Salles, informou que o caso está no departamento jurídico e que, o prefeito iria emitir uma nota oficial sobre o caso. Ver doc. abaixo.